A história por trás da idealização da série

Trazer a vivência real de Juliano Enrico foi o diferencial para o Irmão de Jorel. Assim, todos que assistissem conseguiriam se identificar. Muitos elementos fizeram parte da infância dele e dos roteiristas, e estamos falando de pequenos objetos até grandes acontecimentos. Por esse motivo, sempre surge um momento na animação no qual você para e pensa: “Isso já aconteceu comigo!” Esta mistura coletiva de várias memórias é o que torna a série perfeita para todos os públicos.

Rambozo, o professor de Educação Física durão, por exemplo, foi inspirado em um momento no qual Juliano participou de oficinas de palhaço. Como os professores eram sempre muito rígidos, o palhaço se tornou na série uma figura de autoridade, respeito e até mesmo medo.

Juliano sempre desenhou pessoas próximas e acabava criando fisionomias diferentes para elas. Então, seja por nomes ou design misturados, a identificação com os peculiares personagens da série é bem rápida. Afinal, quem nunca teve um conhecido brigão no estilo Billy Doidão?

Alguns personagens da série estrearam nos quadrinhos que Juliano fez quando mais novo. Alguns fazem algumas pontas simples; por exemplo, o Homem-Galinha e o Cônsul da Ilha Doideira (que é parente do Vice-Cônsul de Honduras). Por gastar muito tempo em processos criativos para sinopse, roteiro e cenas, Juliano acaba relembrando trabalhos antigos como O Último Programa do Mundo, que co-apresentou na MTV Brasil com Daniel Furlan, e isso ajuda na criação deste universo.

Toda essa bagagem criativa, aliada a toques surrealistas, foi idealizada para que tanto as crianças quanto os adultos se divirtam e tenham experiências enriquecedoras assistindo ao seriado.

Agora, com a série mais desenvolvida, Juliano afirma que o processo criativo se tornou mais fácil; o próprio universo entrega os desdobramentos que vão ser dispostos em episódios futuros.

Fora as referências de memórias, Juliano adora desenhos como “O Laboratório de Dexter”, “As Trapalhadas de Flapjack” e “A Vaca e o Frango”, assim como a linguagem surreal dos quadrinhos e cartuns que eram publicados pela revista MAD. Filmes canastrões de ação e a própria MTV Brasil, emissora na qual trabalhou por anos, ajudaram a influenciar e rechear o desenho com referências distintas e piadas visuais que funcionam tanto para os pequenos quanto para os adultos.

A ideia do desenho é sempre inovar e se conectar com o público, e um bom exemplo dessas constantes reinvenções são os episódios musicais. Foi assim que Emicida e Criolo participaram da série, inclusive participando do processo de criação.

Com um universo lúdico e cheio de emoções, Irmão do Jorel cativa todos os públicos e é um sucesso por onde passa.

“Assiste a gente para ficar saudável, bem!”

JUJU, Vovó